domingo, 4 de setembro de 2011

O Papel da Fisioterapia em Pacientes Idosos



FISIOTERAPIA EM IDOSOS PARA UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA


O envelhecimento traz consigo inúmeras modificações tanto anatômicas quanto fisiológicas. Essas alterações se intensificam com passar dos anos, tornando o paciente idoso mais frágil, dessa maneira o idoso estará mais propenso a quedas.
Com as modificações ocorrerá uma diminuição gradativa tanto da força muscular, quanto nos reflexos do indivíduo, sendo esse o fator principal da enorme incidência de quedas.

O papel principal da fisioterapia preventiva, é auxiliar esses pacientes para que eles consigam superar os possíveis riscos de quedas, melhorando assim o equilíbrio, mantendo ou ganhando mais algumas de suas funções.

Nessa área de atuação o alvo não é só o paciente, é necessário realizar um estudo detalhado do ambiente de convívio do idoso para que seja realizado um novo planejamento para diminuir os fatores de riscos em quedas, como luminosidade, acessos aos ambientes do lar e mobilha.

A proposta preventiva visa melhorar a qualidade de vida destes idosos, visto que as quedas trazem inúmeras conseqüências podendo em casos mais graves levar o idoso a óbito.

Murillo Torres





QUEDAS

Devido a melhora da assistência médica e prevenção de complicações após queda, tem ocorrido uma redução nas mortes, principalmente do sexo feminino atribuídas a quedas. As lesões acidentais são a sexta causa de morte em pessoas de 75 anos ou mais, e representam a causa isolada mais comum de mortalidade acidental, correspondendo a 70%. Nos indivíduos com 65 anos ou mais as quedas matam mais do que a pneumonia ou diabetes , e todos os tipos de acidentes combinados.No entanto a maior parte das quedas não resulta em morte, a queda ainda está associada com morbidade significativa. Aproximadamente 40% das quedas em mulheres com mais de 75 anos de idade resultam em fraturas, comparados com 27 % em homens.A fratura de quadril é a lesão por conseqüência da queda que mais comumente leva à hospitalização e a duração da internação é quase o dobro daquela para todas as outras causas de internação hospitalar no idoso.

DEFINIÇÃO DE QUEDA

A instabilidade seria definida como: “falta de capacidade para corrigir o deslocamento do corpo, durante seu movimento no espaço”. A instabilidade acarreta o risco de queda, mas a decisão a respeito do que constitui uma queda não é simples, especialmente para fins de pesquisa.Numerosas definições foram apresentadas, e a maioria delas leva em conta pelo menos três dos seguintes fatores:1. Que pelo menos parte do corpo da pessoa acabe em contato com o chão ou com algum nível mais baixo isto, é, abaixo da cintura pélvica.2. Que se trate de um acontecimento inesperado e não intencional;3. Que a circunstâncias não sejam capazes de provocar a queda de uma pessoa em boa forma, como seria, por exemplo, escorregar sobre o gelo;4. Que o evento não possa se explicado como sendo consecutivo a algum fator intrínseco sério, tais com derrame cerebral, lipotimia ou ataque cardíaco.As quedas nem sempre resultam em contato súbito e violento com o piso ou com a mobília. São às vezes precedidas por movimentos vacilantes, agarrando-se a pessoa nos móveis ou contra a parede, antes de cair ao chão. Outras vezes, o indivíduo acaba deitado no piso ou no solo de maneira lenta, mas incontrolável. Por exemplo, ele pode deslizar sobre o chão depois de ter adormecido dentro de uma cadeira escorregadia.

CONSEQÜÊNCIAS MAIS COMUNS EM IDOSOS QUE SOFRERAM QUEDA

Quedas são a causa mais comum de fraturas. A freqüência de queda entre os idoso é devido, em parte, a uma incidência elevada de condições clínicas de base, já citadas acima.

FRATURA DO ÚMERO PROXIMAL

Ocorre comumente com uma queda com a mão estendida

FRATURA DE COLLES

No ano de 1814, Abraham Colles descreveu esta fratura da extremidade distal do antebraço, ocorre devido a queda sobre o braço estendido.

FRATURAS DO FÊMUR

A fratura do fêmur é comum entre indivíduos idosos. Possui elevados índices de mortalidade e morbidade, e grande custo financeiro. Quando sua incidência, a fratura do fêmur aumenta com a idade, a partir dos 50 anos; é duas vezes mais freqüente nas mulheres. Estas fraturas da extremidade superior do fêmur são menos freqüentes do que as fraturas vertebrais, no entanto trazem maior morbidade e mortalidade.De 80 a 90% das fraturas de fêmur ocorrem por conseqüência de queda. No idoso, a massa muscular e de tecidos moles em torno dos quadris costuma estar diminuída , de modo que o quadril é menos capaz de resistir ao impacto da queda.

FRATURA DO COLO DO FÊMUR

Esta fratura localiza-se no colo do fêmur, e pode ser dividida em:Fratura intracapsular que leva geralmente à interrupção do aporte sangüíneo à cabeça do fêmur, e isto explica a grande incidência de necrose asséptica e de falta de consolidação neste tipo de fratura.As fraturas extracapsulares, dificilmente leva a um comprometimento da irrigação da cabeça do fêmur.

FRATURA INTERTROCANTÉRICA

São fraturas geralmente provocadas por uma queda, normalmente ao nível do solo. Estas fraturas são classificadas de acordo com o número de fragmentos ósseos.

FRATURA DE VÉRTEBRA

Esta lesão normalmente é provocada por um atividade que aumenta a carga compressiva sobre a coluna ( por exemplo, levantar um peso, inclinar-se para frente ,pisar em falso ao andar ou por uma queda.

SÍNDROME DO IMOBILISMO

É quando a pessoa idosa precisa ficar imobilizada, devido uma queda, resultando em uma fratura. O repouso beneficia a região lesada, mas seu prolongamento prejudica o resto do organismo.As complicações afetam sistemas com o cardiorespiratório, vascular, endócrino, gastrointestinais, urinário, muscular, esquelético e neurológico. Sendo que estas complicações podem ser aumentadas dependendo dos fatores pré existentes de cada paciente.

FISIOTERAPIA

O ponto principal encontrado na literatura, é a prevenção de futuras quedas; o segundo é treinar os pacientes sobre como lidar com as quedas; o terceiro é recuperar a segurança e a auto estima do paciente idoso.Os fisioterapeutas identificam os fatores tanto intrínsecos como extrínsecos que aumentam a possibilidade da ocorrência de uma queda em uma pessoa idosa, também como nas suas conseqüências desde que estes fatores identificados se que sejam acessíveis às medidas de fisioterapia. Uma medida importante é ajudar o indivíduo da terceira idade a recuperar sua autoconfiança no que diz respeito a suas capacidades posturais.É necessário evitar a imobilização desnecessária e suas conseqüências, para diminuir os efeitos de futuras quedas. Deste modo podemos realizar um impacto sobre a autoconfiança. Para resumir os objetivos fisioterapêuticos nas pessoas da terceira idade que correm o risco de sofrer quedas são:I. melhorar a capacidade do indivíduo para resistir às ameaças ao seu equilíbrio.II. aumentar a segurança deste indivíduo em seu ambiente.III. recuperar a confiança do paciente e das pessoas cuidadoras deste, no que fiz respeito a sua capacidade de se locomover da maneira mais segura e eficaz em seu ambiente.

FONTE: FISIO WEB

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